Alguns não gostam do Yaesu FT 950, sinceramente, não sei o motivo. Ele tem as características básicas do FT2000, amado por quase todos, porém tem menos recursos. È o primo pobre do 2K, mas é primo em primeiro grau. Ele custa muito menos que o 2k e tem aquele DSP que faz do 2k um monstro facilmente identificável no ar. A principal desvantagem alegada é o fato de estar limitado a 3KHz de largura de transmissão em SSB, contra os 4KHz do FT2000. Mas nossa regulamentação é clara, o máximo é 3KHz, e acredito que devemos procurar andar dentro da lei.
Uma facilidade que estes dois rádios proporcionam é o uso da cara DMU, podendo mostrar o espectro na banda de recepção em uma tela de computador. No caso do FT950, ainda deve-se adquirir uma placa, que no 2000 é original de fábrica.
Fig. 01 – Vista superior, do interior do Yaesu FT950
Fonte: O Autor.
Fig. 02 – Vista inferior, do interior do Yaesu FT950
Fonte: O Autor.
Como a grana é curta pra comprar DMU e muito mais para a placa, pesquisou-se na web uma ótima solução para monitorar a atividade na banda, tendo como bônus a observação do espectro de áudio do sinal recebido. O famoso “dongle” SDR é um ótimo receptor para usar no computador, dependo de programas para apresentar os sinais na tela e no sistema de som de um computador PC.
Estes “donlge” foram originalmente desenvolvidos como receptores de TV digital, com interfaceamento USB. São constituídos de um receptor definido por programa de 0 a 30MHz (RTL2832U) e um conversor (R820T2, R820T ou E4000) que permite recepção até pouco acima de 1GHz. Originalmente seu limite inferior está nos 24MHz.
Para recepção abaixo de 24 MHz existem duas opções, o “direct sampling” ou o uso e “up-converter”. Se a intenção for escutar a faixa de HF direto no dongle, use o “up-converter”. O “direct sampling” funciona, mas é bem “surdinho”.
O site do PY4ZBZ tem excelente material sobre o assunto, verifique. https://www.qsl.net/py4zbz/rtlsdr.htm
Fig. 03 - Típico “dongle” SDR
Fonte: https://www.qsl.net/py4zbz/rtlsdr.htm
Fig. 04 - Um dos melhores “dongle” SDR, com preço acessível, da Nooelec.
Fonte: https://www.nooelec.com/store/sdr/nesdr-smart-xtr-sdr.html
Fig. 05 – Interior de um “dongle” com R820T2.
Fonte: https://www.rtl-sdr.com/buy-rtl-sdr-dvb-t-dongles/
Para que o “dongle” funcione, devemos ter instalado um programa específico no computador PC. O mais famoso é o SDR-Sharp (SDR#), mas é bem pesado. Como uso um notebook com mais de 10 anos de uso para isto, prefiro o HDSDR por ser extremamente “Leve”, rodando perfeitamente num Celeron 1GHz, com 2GHz de RAM e o HD pode ser “ínfimo”, de poucos GHz.
Na figura 06 pode-se observar a interface do programa HDSDR. Os mais afeitos poderão considerar interessante o fato de a frequência apresentada ser de 2KHz e uns quebrados. O programa foi configurado para considerar a FI do rádio de 69450500Hz. Em A observa-se o espectro de RF, não apresentando diretamente a frequência sintonizada, mas a diferença entre a frequência sintonizada e o sinal apresentado. Em B apresenta a cachoeira do espectro. X é o sinal que está sendo reproduzido pelo rádio. Em C e D apresenta-se o espectro de áudio do sinal que está sendo reproduzido no rádio. Pode-se escutar o sinal diretamente no computador, mas durante a transmissão o sinal também é reproduzido, gerando microfonia.
Fig.06 – Interface do programa HDSDR
Fonte: o autor
O FT950 tem um cabo para conexão da DMU, que é aproveitado para conectar o “dongle”. Na figura 07 observa-se a parte inferior do rádio. Em A tem-se a saída de FI para a DMU, que vai conectada a uma carga resistiva em B.
Fig.07 - Conexão para o DMU no Yaesu FT950.
Fonte: o autor
Deve-se retirar o conector de saída da FI, conforme a figura 08.
Fig.08 – Conector de saída d FI para o DMU.
Fonte: o autor
Como teve-se acesso a um conector padrão, obtido de uma sucata, fez-se um cabinho com o macho para a saída de sinal de FI.
Fig.09 Conector e cabo para a saída do sinal e FI para o “dongle”.
Fonte: o autor
Desta forma foi possível manter a originalidade do rádio, tão conservado. Apesar de não haver a necessidade, utilizou-se um termo retrátil para isolação e colocou-se o cabo no compartimento vazio.
Fig.10 – Conector isolado e alocado no compartimento vazio.
Fonte: o autor
Passa-se o cabo para o lado superior do rádio, pelo furo existente na parte posterior do acoplador/chave de antena.
Fig.11 – Passagem do cabo para o compartimento superior.
Fonte: o autor
Conduz-se o cabo para fora do rádio através dos orifícios de ventilação. Deve-se travar o cabo com uma abraçadeira para evitar problemas.
Fig.12 – Passagem do cabo para fora do rádio.
Fonte: o autor
Fig.13 – Passagem do cabo para fora do rádio, vista externa.
Fonte: o autor
Instala-se o conector de conexão do rádio com o “dongle”.
Fig.14 – Conclusão
Fonte: o autor
Agora é só aproveitar o “DMU” de pobre.
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